segunda-feira, 1 de março de 2010

Rosa/Papel/Realidade


É estranho, mas o papel chega a ser algo real. E com algumas dobraduras planejadas e cuidadosas ele vira o que você quiser. Não o que você quiser mais o que você souber moldar. Assim como a rosa. Eu aprendi a fazer a dobradura de uma rosa. Ela é conhecida como Rosa Kawasaki ou rosa de papel. Eu chamo de rosa de papel porque não sei falar esse nome que provavelmente é em japonês.
Pessoas criativas são esses japoneses. Mas não é dos japoneses e nem do nome dela que quero falar. Quero falar sobre como é estranho fazer o papel ter formas de algo que não seja o mesmo. Você dobra , dobra , amassa aqui, amassa ali, vira aquele pedacinho e pronto. Às vezes ela parece algo ou chega bem próximo de parecer. Fico triste em saber que não ficou parecido, nas primeiras dobradas parece que vai da tudo certo e ao chegar ao final você vê apenas papel enrolando. Semelhante a vida na qual você faz planos, e quando os bota em pratica as vezes eles não dão certo e você se decepciona.
É mas semelhante ainda ao amor. Quando você começa a dobrar e ela vai começando a criar forma, você começa a ter uma certa delicadeza , um certo cuidado , esperando que no final vire uma linda rosa branca ( cor da folha A4 a que eu costumo usar). E de repente ela sair feia desfigurada. E no amor é assim, você faz dobraduras, tentando ajustá-lo você tem o maior cuidado, é delicado, dedicado e atencioso. Mas quando chega ao final você se decepciona. Pois mais uma vez não deu certo. E assim a vida vai e as dobraduras continuam. Você pega outra folha e tenta fazer novamente. Com a expectativa de dar certo. Para quem sabe assim poder dar uma linda rosa a quem você ama.